O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, declarou – em relação à situação de conflito no sul do Líbano – que “a solução existe e passa pela aplicação das resoluções internacionais”, incluindo a resolução 1701.
“Estamos totalmente prontos para nos comprometermos com a sua implementação, desde que o lado israelita também se comprometa com estas e se retire, de acordo com as leis e resoluções internacionais, dos territórios ocupados”, acrescentou Mikati à imprensa.
Segundo o gabinete de Mikati, o prmeiro-ministro referia-se aos territórios ainda ocupados por Israel após a sua retirada do sul do Líbano em 2000, nomeadamente as quintas Chebaa, as colinas Kfar Chouba e a aldeia Al-Ghajar.
O chefe da diplomacia israelita, Eli Cohen, afirmou no domingo que era necessário “forçar o Hezbollah a retirar-se a norte do rio Litani”, a cerca de 40 quilómetros da fronteira, quer através dos canais diplomáticos, quer “pela força”.
As trocas de tiros entre Israel e o movimento xiita libanês pró-iraniano têm sido diárias na fronteira desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas, em 07 de outubro, desencadeada por um ataque sem precedentes em solo israelita por parte do grupo palestiniano, apoiado pelo Hezbollah.
Israel também insiste na necessidade de o Líbano implementar a Resolução 1701, adotada para pôr fim à guerra entre Israel e o Hezbollah em 2006.
Este texto estipula que apenas o exército libanês e a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) sejam destacados entre a fronteira e o rio Litani.
Vários países ocidentais estão a trabalhar para evitar a degeneração da situação entre Israel e o Líbano e propõem, entre outras coisas, uma resolução da disputa de fronteira entre os dois países.
A violência na fronteira deixou mais de 140 mortos no lado libanês, a maioria combatentes do Hezbollah, e 11 no lado israelita desde 07 de outubro.
Único partido que não foi desarmado no final da guerra civil (1975-1990), o Hezbollah está fortemente estabelecido nas zonas de fronteira, de onde lança ataques contra Israel, mesmo que não tenha posições militares fixas ou visíveis.
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