No final de um encontro com trabalhadores precários do IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera), Catarina Martins foi questionada sobre a disponibilidade dos bloquistas em aceder ao apelo feito por Marcelo Rebelo de Sousa para que os partidos gastem cada vez menos nas campanhas eleitorais.
“Eu julgo que não seria no Bloco de Esquerda que o senhor Presidente da República estava a pensar quando fez essa afirmação. Julgo que não teria sentido”, respondeu.
A líder e deputada bloquista destacou que o seu partido “tem sempre grande contenção nas suas contas”, que são públicas, sendo conhecido “o equilíbrio das contas do Bloco de Esquerda”.
Segundo os orçamentos para a campanha das legislativas, publicados no 'site' da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos), o Bloco de Esquerda aumenta o seu orçamento de 600 mil euros há quatro anos para mais de 983 mil este ano.
Perante a insistência dos jornalistas, Catarina Martins assegurou que o BE “nunca gastou dinheiro a mais nas campanhas” e “foi sempre bastante contido e bastante moderado”.
“Fazemos o esforço, naturalmente, de fazermos chegar às pessoas aquilo que é o programa do Bloco, as nossas propostas. É para isso que as campanhas servem e é isso que fazemos”, explicou.
Os partidos que concorrem às eleições legislativas de 06 de outubro contam gastar 8,1 milhões de euros na campanha, valor inferior aos 8,8 milhões de euros estimados em 2011, apesar de se apresentarem a sufrágio mais forças políticas.
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