Nas eleições legislativas de 2015 tinham sido eleitas 75 mulheres, 33 pela coligação PPD/PSD/CDS-PP, 27 pelo PS, cinco pelo Bloco de Esquerda (BE), sete pelo PCP-PEV e três pelo PPD/PSD (Açores e Madeira).
Segundo os resultados eleitorais das eleições legislativas de domingo, foram eleitas 89 mulheres, 42 pelo PS, 26 pelo PPD/PSD, nove pelo BE, cinco pelo PCP-PEV, três pelo CDS-PP, três pelo Partido Animais e Natureza (PAN) e uma pelo Livre.
O PS venceu, sem maioria absoluta, as eleições de domingo, numa eleição marcada pela derrota histórica da direita e pela entrada de três novos partidos no parlamento.
Com 36,6% dos votos, o PS de António Costa vê legitimada a governação, mas com 106 deputados - quando falta apurar os resultados para eleger quatro mandatos no estrangeiro - fica obrigado a tentar nova solução de Governo à esquerda, que poderá ser alargada ao PAN e ao Livre, que elegeu pela primeira vez uma deputada (Joacine Katar Moreira).
A CDU recua para 6,4% e perde cinco deputados, vendo ao mesmo tempo o Bloco de Esquerda consolidar-se como a terceira força política, com 19 deputados e 9,6% dos votos, ainda assim um resultado inferior ao das legislativas de 2015 pois o BE perdeu mais de 57 mil votos e baixou a barreira dos 10% de votação.
A noite eleitoral trouxe um sabor amargo ao CDS, que com 4,2% fica reduzido a cinco deputados na Assembleia da República.
O PSD de Rui Rio tem também um dos seus piores resultados com os sociais-democratas a alcançarem 27,9% dos votos e 77 deputados.
A entrada de três novas forças políticas para o parlamento e a subida do PAN marcaram também a noite das legislativas. O Livre, o Iniciativa Liberal e o Chega conseguiram cada um o seu deputado no hemiciclo de S. Bento, que pela primeira vez acolhe um deputado conotado com a extrema-direita, André Ventura, o líder deste terceiro partido.
A abstenção atingiu um novo máximo em legislativas, chegando aos 45,5%.
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