
Kennedy Jr., um cético das vacinas, tem promovido há bastante tempo uma teoria desacreditada e sem base científica que vincula as vacinas infantis ao autismo. "Para setembro, sabermos o que causou a epidemia de autismo", disse no início deste mês.
Contudo, Jay Bhattacharya, diretor dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), disse à imprensa na terça-feira que o cronograma prometido não se referia a uma descoberta, mas ao lançamento de uma nova investigação sem data limite para dar resultados.
"Esperamos que até setembro publiquemos a convocatória de propostas e convoquemos um concurso entre cientistas de todo o país", explicou.
O prazo para a obtenção dos resultados "é difícil de prever", esclareceu, mas insistiu em que sua equipa estava a "reduzir a burocracia" para eliminar obstáculos no processo.
Segundo um estudo publicado na semana passada pelos Centros para o Controlo e a Prevenção de Doenças (CDC), em 2022 aumentou a prevalência estimada do autismo em crianças de oito anos para uma em cada 31, em comparação com uma em cada 150 no ano 2000, uma tendência que os autores atribuem a melhores métodos de diagnóstico.
O autismo é um transtorno complexo do neurodesenvolvimento que afeta o comportamento, a comunicação, a aprendizagem e a interação social.
Não existe uma única causa conhecida, mas é provável que intervenha uma combinação de fatores genéticos e ambientais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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