Na sua intervenção na conferência promovida pela Ordem para assinalar os 40 anos do SNS, Miguel Guimarães disse que “a carreira médica precisa de um novo impulso”, anunciando que foi criado um grupo de trabalho para “repensar e reestruturar” o relatório das carreiras médicas.
O primeiro relatório das carreiras médicas, de 1961, definiu várias medidas que permitiram uma reconstrução do sistema de saúde.
Além da revisão deste relatório das carreiras médicas, o bastonário entende que a própria carreira médica tem “vários pontos que é necessário rever”, incluindo a parte remuneratória e dos escalões ou outras matérias como as horas de trabalho ou o tempo em serviço de urgência.
Miguel Guimarães entende ainda que a carreira médica devia ser estendida ao setor privado e social, onde é inexistente neste momento.
Sobre a parte remuneratória, Miguel Guimarães lembrou que essa é uma matéria da competência dos sindicatos. Contudo, afirmou que os jovens médicos “têm vencimentos medíocres para a responsabilidade que têm” e avisou que “o grande desafio do Serviço Nacional de Saúde” é o de se manter “atrativo para as novas gerações”.
Segundo dados que a Ordem dos Médicos hoje apresentou na conferência “SNS aos 40”, os médicos do serviço público fazem em 24 horas mais de 118 mil consultas, atendem cerca de 18 mil episódios de urgência, fazem mais de 1.800 cirurgias e realizam uma média de 190 partos.
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