O jovem, que se encontra em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Leiria, começou a ser julgado esta manhã no tribunal de Sintra, no distrito de Lisboa, pelos crimes de homicídio qualificado, ofensa à integridade física qualificada e detenção de arma proibida, segundo o despacho de acusação a que a Lusa teve acesso.
Os crimes ocorreram em julho de 2023 na residência do pai do arguido, no concelho da Amadora (distrito de Lisboa) e segundo a acusação, tiveram lugar após uma discussão, que envolveu também o irmão do jovem, por causa de gastos com água e gás de um banho.
Na sequência desta discussão, e após se munir com uma faca de cozinha (19 centímetros), o jovem terá desferido vários golpes no pai, que viria, posteriormente a falecer, e no irmão mais novo (14 anos), que ficou com lesões nos membros superiores.
O pai do arguido ainda chegou a ser transportado com vida para o Hospital Amadora-Sintra, onde permaneceria internado durante nove dias, vindo a falecer por “síndrome da dificuldade respiratória aguda grave”, na sequência dos ferimentos provocados pela faca.
Confrontado com estas acusações, o jovem alegou ao coletivo de juízes do tribunal de Sintra que agiu por legítima defesa, uma vez o pai o teria “tentado agredir com um taco de basebol”, segundo indicou à Lusa o advogado deste arguido, Pedro Marvão.
“O pai tentou agredi-lo com um taco de basebol. Deu-lhe vários golpes e ele temeu pela sua vida e pela da namorada, que estava grávida. Essa situação foi corroborada pelo irmão”, apontou o defensor.
Relativamente às agressões que foram feitas ao irmão mais novo, o arguido explicou que foram feitas “com intuito de o afastar”, porque este foi em auxílio do pai.
“Espero que o tribunal consiga atender à tese de legítima defesa. Ele neste momento está arrependido”, sublinhou Pedro Marvão.
A continuação deste julgamento está agendada para o dia 21 de maio, pelas 09h15.
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