A equipa é liderada por dois juristas que trabalharam para o ex-Presidente Barack Obama e, de acordo com a campanha de Biden, será “o maior programa de proteção eleitoral da história das campanhas presidenciais”.
A intenção desta equipa é salvaguardar a integridade das eleições e espoletar litígios quando considerar que o direito de voto está a ser violado, tendo em conta as circunstâncias particulares deste ato eleitoral, em plena pandemia de covid-19, em que muitos votos serão depositados por correspondência.
Donald Trump, atual Presidente e candidato à reeleição, já avisou que pode não aceitar o resultado das eleições, alegando que o voto por correio pode distorcer a verdade democrática, acreditando que pode permitir que alguns eleitores votem mais do que uma vez.
A equipe de juristas de Biden será liderada por Dana Remus, consultora jurídica da sua campanha e ex-chefe de assuntos jurídicos da Fundação Obama, e Bob Bauer, consultor jurídico durante o mandato de Obama e que trabalha como consultor de Biden, desde o verão.
A ambos cabe a criação de uma unidade de “contencioso especial” que contará com a liderança de dois ex-procuradores e que fiscalizará centenas de advogados distribuídos por todo o país, com o objetivo de levantar possíveis ações judiciais a nível estadual ou municipal, em matéria eleitoral.
A equipe será auxiliada pelo primeiro procurador-geral durante os mandatos de Obama, Eric Holder, que coordenará as ações judiciais entre a campanha e grupos progressistas independentes ou vinculados aos democratas que analisam aspetos do processo eleitoral.
Em entrevista ao The New York Times, Bauer assegurou que há receio de que Trump venha a usar os poderes do Governo federal para benefício político, durante o processo eleitoral.
As dimensões desta operação legal da campanha de Biden mostram que os democratas têm um medo real de que o resultado da eleição de 03 de novembro possa ser contestado no tribunal e que o vencedor da eleição só possa ser determinado dias ou semanas após o ato eleitoral, como sucedeu em 2000, quando os resultados, após a recontagem fracassada do estado da Flórida foi decidido pelo Supremo Tribunal.
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