Na imagem: folha de conífera e largarta fossilizadas.
"Não existe mais nenhum lugar no mundo que tenha esta quantidade e diversidade de fósseis do jurássico", declarou Juan García Massini, líder da pesquisa e membro do Centro Regional de Pesquisas Científicas e Transferência Tecnológica (Crilar).
Aqui foram já encontrados, durante os trabalhos, insectos dentro de pedras, mas também plantas, lagartas, fungos e até bactérias num surpreendente estado de conservação. "Os fósseis estão na superfície, porque a erosão expôs as rochas recentemente, e pode ver-se a paisagem como era no jurássico: como se distribuíam as águas termais, as lagoas, os córregos, e as plantas e demais componentes do ecossistema", disse o cientista. García Massini, doutorado em geologia, explicou que "a preservação aconteceu de forma suave e quase imediata, em menos de um dia em alguns casos, e pode ver-se o movimento que tinham em vida os fungos, as cianobactérias e os vermes, por exemplo".
Ignacio Escapa, do Museu Paleontológico Egidio Feruglio, de Trelew, e integrante da equipa, disse que foi encontrada "uma grande diversidade de micro e macro-organismos". Os investigadores estimam que cada rocha extraída desta zona do Macizo del Deseado poderá abrir as portas a uma nova descoberta.
O sítio foi descoberto há quatro anos, no centro-norte da província de Santa Cruz (sul da Argentina), e divulgado esta semana pelo site Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTyS) da Universidade de La Matanza (UNL), após a divulgação de um relatório pela revista especializada "Ameghiniana".
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