“A UNRWA está a tomar medidas para melhorar a gestão. Em resposta, decidimos levantar a suspensão temporária do financiamento e prestar apoio. A situação humanitária na Palestina é urgente e o envolvimento da UNRWA na assistência é essencial”, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros japonesa.
Yoko Kamikawa anunciou em conferência de imprensa a entrega, em breve, de uma contribuição de cerca de 33 milhões de euros, que estava prevista para o ano fiscal de 2023, que terminou a 31 de março no Japão.
A decisão do Japão surge depois de Kamikawa se ter reunido com o comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, no final do mês passado, para conhecer os processos de verificação e melhoria da gestão na UNRWA, numa avaliação que as autoridades japonesas consideraram positiva.
Em janeiro, Tóquio suspendeu a ajuda à UNRWA, depois de Israel ter acusado vários funcionários da agência de alegadas ligações ao Hamas, que é considerado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
Ao retirar o financiamento, o Japão pediu “uma investigação formal”, sublinhando o “papel essencial” da agência na prestação de serviços de saúde, cuidados médicos, educação e alimentação a milhões de refugiados palestinianos, especialmente na Faixa de Gaza.
Com mais de 30 mil funcionários, a UNRWA é a maior organização na Faixa de Gaza, exterior ao governo do enclave, sob controlo do Hamas desde 2007.
A guerra entre Israel e o Hamas, em curso há quase seis meses, deslocou a maior parte da população de Gaza e colocou um terço dos habitantes à beira da fome.
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