Em comunicado, fontes militares citadas pela agência noticiosa EFE confirmaram a retirada da 98.ª Divisão, que operava nessas zonas, e afirmaram ter eliminado mais de 250 supostos combatentes e destruído seis quilómetros de túneis desde o início do mês.

O porta-voz do exército em língua árabe, Avichay Adraee, escreveu hoje na rede social X (antigo Twitter) que os habitantes de vários bairros do centro e do sul de Gaza podem regressar às suas casas e que essas zonas serão redefinidas como parte da zona humanitária.

Na quarta-feira pelo menos oito palestinianos foram mortos e vários ficaram feridos, segundo fontes médicas locais, quando um tanque israelita atacou perto da escola Al Manfaluti, que albergava pessoas deslocadas em Deir al-Balah.

Também em Khan Yunis, o exército recuperou os corpos de seis reféns dos ‘kibutz’ (aldeamentos) Nirim e Nir Oz a 20 de agosto e, há dois dias, o refém beduíno Kaid Farhan al-Qadi, resgatado com vida após 326 dias de cativeiro na Faixa de Gaza, foi encontrado num túnel.

O conflito em curso iniciou-se em outubro do ano passado, quando o Hamas lançou um ataque ao território israelita que causou cerca de 1.200 mortos e quase reféns.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar em grande escala contra a Faixa de Gaza que, até agora, causou mais de 40.600 mortos e quase 94.000 feridos, segundo o balanço mais recente das autoridades locais do enclave controlado pelo Hamas.