Em Bagdad, a polícia entrou no principal acampamento de protesto, no centro da capital, disparando balas reais e gás lacrimogéneo, segundo testemunhas.
Os agentes policiais arrancaram tendas e reabriram praças, em Bagdad e em cidades do sul, ocupadas pelos manifestantes desde outubro num movimento de protesto que exige reformas profundas no país.
Em Bagdad, um manifestante foi morto a tiro e cerca de 40 ficaram feridos, segundo fontes médicas e dos serviços de emergência.
Outros dois manifestantes foram mortos em Nassiriya, no sul do país, e duas dezenas ficaram feridos.
O comando militar da capital anunciou ter recuperado o controlo da ponte Al-Ahrar, que cruza o rio Tigre e liga as zonas leste e oeste de Bagdad, e dispersado os manifestantes que ocupavam a praça Tayaran.
As forças de segurança não conseguiram, no entanto, desmantelar o principal acampamento de protesto em Bagdad, na praça Tahrir.
As operações policiais ocorrem horas depois de o poderoso líder xiita Moqtada al-Sadr ter retirado o seu apoio aos manifestantes, o que levou centenas dos seus seguidores a abandonarem os acampamentos.
A decisão, segundo fonte da coligação política liderada pelo clérigo xiita, foi tomada depois de manifestantes terem tentado impedir uma manifestação, na sexta-feira, encabeçada por al-Sadr, para exigir a retirada das forças dos Estados Unidos do Iraque.
Ativistas do movimento consideram que a presença dos apoiantes de Al-Sadr protegia os manifestantes de ações policiais violentas.
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