Dois 'rockets' caíram esta quarta-feira à noite na Zona Verde de Bagdad, onde fica a embaixada norte-americana no Iraque, avança à AFP, citando um alto funcionário dos serviços de segurança.
Segundo a Reuters, as sirenes soaram dentro da zona desmilitarizada, afirmando, segundo fontes policiais, que os mísseis, do tipo Katyusha, caíram a 100 metros da embaixada dos Estados Unidos.
Este foi o terceiro ataque na Zona Verde após o ataque com ‘drone’ ordenado pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, e que na sexta-feira assassinou o general iraniano Qassem Soleimani.
Os jornalistas da agência francesa terão ouvido explosões no centro da capital iraniana 24 horas depois de mais de uma dúzia de mísseis iranianos terem sido lançados durante a madrugada de hoje contra duas bases iraquianas com tropas norte-americanas, em Ain al-Assad (oeste) e Erbil (norte), em mais um episódio de aumento da tensão entre Washington e Teerão.
A televisão estatal iraniana referiu que aquela operação militar foi designada “Mártir Soleimani” e que matou “pelo menos 80 militares norte-americanos”, mas Donald Trump negou a existência de baixas.
Numa comunicação ao país, o presidente dos EUA anunciou que Washington vai intensificar sanções económicas contra o Irão, mas não referiu nova retaliação militar.
O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, disse que os militares portugueses no Iraque estão “fora de qualquer tipo de perigo”, aquartelados a mais de 200 quilómetros dos locais onde caíram os mísseis iranianos.
A autoridade federal norte-americana para a aviação (FAA) proibiu aviões e pilotos comerciais norte-americanos de voarem sobre áreas do Iraque, Irão, Golfo Pérsico e Golfo de Omã.
Várias companhias aéreas, como a Lufthansa, Emirates e Malaysia Airlines, suspenderam hoje os voos sobre o Iraque e o Irão ou alteraram rotas para evitar o espaço aéreo dos dois países.
* Com agências
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