“Deixo um aviso aos britânicos: foram vocês que tiveram a iniciativa e serão vocês a sentir as consequências”, afirmou Hassan Rohani num conselho de ministros cujas imagens foram transmitidas na televisão estatal.
“Todos nós devemos trabalhar para garantir a total segurança das rotas marítimas à escala global”, defendeu o Presidente, acrescentando que “o arresto de um petroleiro iraniano é um ato insensato”.
O navio “Grace I” foi arrestado na quinta-feira ao largo do território britânico de Gibraltar, no extremo Sul de Espanha, numa operação que o Irão classificou como “pirataria” em alto mar.
Segundo as autoridades de Gibraltar, a interceção do navio aconteceu em águas territoriais britânicas, numa zona reivindicada pela Espanha, que considera Gibraltar parte integrante do seu território.
Espanha disse na quinta-feira que a decisão de travar o navio foi realizada a pedido dos Estados Unidos, mas Gibraltar negou hoje essa informação, afirmando que agiu por decisão própria “baseada na violação de leis existentes e não em considerações políticas estrangeiras”.
O Governo de Gibraltar suspeita que a carga se destinava à Síria, em violação das sanções da União Europeia contra aquele país.
Teerão admitiu que o navio transportava petróleo iraniano, mas negou que fosse para a Síria.
O ministro da Defesa do Irão, Amir Hatami, disse na segunda-feira que o arresto do “Grace 1″ não iria ficar “sem resposta”.
O ex-comandante chefe da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, Mohsen Rezaï, sugeriu, em 5 de julho, que o Irão confiscasse um petroleiro britânico em retaliação.
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