O governante referiu ainda, em ucraniano, “Glória à Ucrânia”.
O chefe do Governo publicou um vídeo na sua conta da rede social Twitter, gravado na sua residência oficial de Downing Street, para manifestar o apoio do seu país à Ucrânia, depois da invasão russa.
“Ao povo da Ucrânia: Slava Ukraini (Glória à Ucrânia). E ao povo da Rússia: não acredito que esta guerra esteja a ser travada em vosso nome”, sublinhou o político britânico em russo, citado pela agência Efe.
“As cenas que se desenrolam nas ruas e nos campos da Ucrânia não são nada menos do que uma tragédia. Bravos jovens soldados e civis inocentes estão a ser mortos. Tanques retumbam por cidades e cidades, mísseis chovem indiscriminadamente do céu”, afirmou o primeiro-ministro no vídeo.
Boris Johnson acrescentou que “passou uma geração, ou mais, desde que testemunhámos idêntico derramamento de sangue na Europa”.
“Esperávamos nunca mais ver esses lugares novamente. O povo do Reino Unido está com os nossos irmãos e irmãs ucranianos diante do ataque injustificável à sua terra natal”, referiu ainda.
O primeiro-ministro saudou ainda a “feroz valentia e o patriotismo” do governo ucraniano, do seu exército e do seu povo.
“Estou em estreito contacto com o presidente (Volodimir) Zelenski”, sublinhou Johnson.
Na sua mensagem, o primeiro-ministro disse ainda que também é uma tragédia para o povo russo. “Assim como a Ucrânia, a Rússia é um grande país (…) Os poetas, os artistas e os autores russos moldaram a nossa cultura e os soldados russos lutaram valentemente connosco contra o fascismo”.
Para o governante inglês, as ações do presidente russo Vladimir Putin estão a levar ao “isolamento completo da Rússia”, ao ser rejeitada pela comunidade internacional, que está a aplicar “enormes sanções económicas”, perante uma “guerra sangrenta e desnecessária que já está a custar inúmeras vidas”, de ucranianos inocentes e soldados russos, que nunca mais verão suas famílias”, rematou Johnson numa mensagem clara à população russa.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 120.000 deslocados desde o primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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