“Foi uma situação difícil para a organização”, reconheceu perante a imprensa o secretário-geral da organização policial internacional sobre a demissão do seu presidente, o chinês Meng Hongwei, anunciada no dia 07 de outubro, depois de a mulher ter alertado para o seu desaparecimento 11 dias antes durante uma viagem à China.
No dia a seguir à demissão, comunicada por correio à organização, o Ministério da Segurança Pública da China anunciou que Meng teria “recebido subornos e era suspeito de ter violado a lei”, sem adiantar mais.
Hoje, Stock explicou que a Interpol instou a China a “dar mais detalhes e informações sobre o que teria exatamente ocorrido”.
“Devemos aceitar, como faríamos com qualquer outro país, que este país tome decisões soberanas e se ele nos diz ‘abrimos inquéritos, estão em curso e o presidente demite-se’ (…) então temos de aceitar”, declarou.
Questionado sobre as informações recebidas de Pequim, Stock disse saber apenas que Meng está atualmente na China e que os factos de corrupção avançados não estão relacionados com as suas atividades na Interpol.
Sobre a demissão assinada por Meng, o responsável da Interpol indicou não ter “razões para suspeitar de uma coisa forçada”.
Vice-ministro da Segurança Pública no momento em que assumiu a chefia da Interpol, em 2016, Meng teve a sua ascensão nesta área quando a mesma era dirigida por um rival do Presidente chinês, Xi Jinping, estando esse adversário atualmente na prisão.
O sucessor de Meng deve ser designado numa assembleia-geral da Interpol que vai decorrer entre 18 e 21 de novembro no Dubai. O escolhido vai terminar o mandato de quatro anos de Meng, que deveria terminar em 2020.
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