
O procedimento de classificação, iniciado pela Direção-Geral do Património Cultural, inclui o Café Nicola e o património móvel integrado, na Praça D. Pedro IV e na Rua Primeiro de Dezembro, na freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa.
O imóvel em vias de classificação e os localizados na zona geral de proteção (50 metros contados a partir dos seus limites externos) ficam desde já abrangidos por medidas de proteção.
O Café Nicola, que já está classificado como uma Loja com História, foi fundado no seculo XVIII como Botequim Nicola, um italiano, passando a ser frequentado por conhecidos escritores, artistas e políticos, entre os quais o poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage.
O estabelecimento passou a adotar o nome atual de Café Nicola em 1929, sob a gerência de Joaquim Fonseca Albuquerque.
“Desde a fachada exterior, de autoria do Arquiteto Norte Júnior, até à baixela em prata, nenhum pormenor foi esquecido. No interior, a talha de madeira, ferros forjados e muitos lustres compunham a decoração. Uma escultura de Marcelino de Almeida que evocava o Bocage surpreendeu todos os que correram ao renascido café. O poeta também era personagem principal das telas do pintor Fernando Santos que decoravam as paredes do estabelecimento”, descreve, no seu ‘site’, a Câmara Municipal de Lisboa, sobre o estabelecimento.
De acordo com a autarquia, em 1935, o Café Nicola “foi remodelado, dando-lhe um estilo moderno, déco e geométrico, fazendo a transição dos anos 30 para os anos 40”, tendo as telas sido substituídas pelas atuais, representando as mesmas cenas e pertencendo ao mesmo pintor, mas mantendo-se intactas a escultura de Bocage e a fachada.
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