O Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Seia foi ativado pelas 12:00 de hoje por Carlos Filipe Camelo.
A decisão do presidente do município de Seia é justificada pelas "várias ocorrências de incêndio rural de grandes dimensões" e "considerando a declaração da situação de alerta de âmbito municipal" emitida pelas 17:00 de domingo.
O estado de alerta foi decretado na sequência da ocorrência de dois incêndios florestais no concelho, "dos quais resultaram avultados prejuízos materiais em equipamentos públicos e privados e uma vasta área ardida (ainda por quantificar)".
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.
Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 vítimas mortais e mais de 200 feridos.
Comentários