“Ainda não está apurada a área ardida, mas dentro do concelho de Sintra a dimensão não é muito grande e não houve sequer árvores de corte que tivessem sido afetadas. O Convento também não foi afetado nem a zona circundante”, disse à agência Lusa Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra.

Na opinião do autarca, “tratou-se de um milagre, porque se o vento estivesse em sentido contrário e tivesse empurrado o fogo para terra, certamente que haveria uma grande desgraça em Sintra”.

“Foi um momento difícil, mas houve uma grande coordenação e as coisas, apesar da tragédia, acabaram por não correr tão mal, ou seja, não houve pessoas feridas nem casas destruídas e a segurança das pessoas foi conseguida”, destacou.

Segundo Basílio Horta, os bombeiros e várias máquinas e veículos mantêm-se no terreno para combater eventuais reacendimentos e evitar, caso o vento mude de direção, que o fogo entre novamente no concelho de Sintra.

O incêndio que deflagrou no sábado na zona da Peninha, na serra de Sintra e que se alastrou a Cascais, no distrito de Lisboa, foi dominado pelas 12 horas, segundo a Proteção Civil.

O fogo provocou ferimentos ligeiros em dois bombeiros, afetou uma casa de habitação e obrigou à retirada de 47 pessoas de casa, residentes em habitações das aldeias de Biscaia, Figueira do Guincho, Almoínhas e Charneca.

Também foi evacuado o Parque de Campismo da Areia, no Guincho, tendo sido transportados os seus ocupantes para o Pavilhão Dramático de Cascais.

Pelas 12:27, o fogo estava a ser combatido por 690 operacionais, apoiados por 206 meios terrestres e cinco meios aéreos, de acordo com os dados disponibilizados na página da internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil.