“Houve um reacendimento, numa zona de difícil acesso, que estamos a ter dificuldade em combater, mesmo com o apoio de um meio aéreo. Trata-se de uma zona profunda com muito material combustível”, disse à Lusa o vereador da Proteção Civil da Câmara de Setúbal, Carlos Rabaçal.
De acordo com o autarca, os meios mobilizados na terça-feira para o combate ao incêndio tinham sido libertados depois do meio-dia, ficando as operações de rescaldo a cargo dos Bombeiros Sapadores e Voluntários de Setúbal, mas tal como estava previsto em caso de reacendimento, foi necessário mobilizar mais três meios do exterior, incluindo um helicóptero.
Carlos Rabaçal disse ainda à agência Lusa que este foco de incêndio está a cerca de 50 metros ou mais das habitações mais próximas e que, por isso, não constitui qualquer perigo para os moradores dos bairros da Reboreda e Viso.
Naqueles dois bairros da cidade de Setúbal, por precaução, cerca de 500 pessoas foram retiradas das suas casas na terça-feira à noite, por causa da aproximação do fogo, que deflagrou pelas 18:00.
Cerca das 23:30, os moradores foram autorizados a regressar a casa, depois de algumas horas de grande apreensão em que as chamas chegaram a passar por cima dos telhados de alguns prédios.
Hoje de manhã, além dos bombeiros e de um helicóptero que ajudou no combate ao que resta do incêndio, estiveram no local várias máquinas pesadas que, segundo o vereador da Proteção Civil, "já tinham sido contratadas para começar a trabalhar esta quarta-feira na construção de novos caminhos de acesso a propriedades que não foram limpas".
Tal como a presidente da Câmara de Setúbal já tinha antecipado na terça-feira à noite, Carlos Rabaçal assegurou que os proprietários dos terrenos onde ocorreu o incêndio já tinham sido notificados para procederem à limpeza do mato, mas só dois cumpriram o que lhes era pedido.
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