O ponto de situação em relação aos fogos que lavram no país foi feito na manhã de hoje pela adjunta de operações da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, que adiantou que as previsões meteorológicas se mantêm desfavoráveis para os trabalhos de combate às chamas, sobretudo devido ao vento, e que durante a manhã de hoje a Proteção Civil vai reunir para decidir se se mantém o nível de alerta especial laranja, ou se haverá lugar a uma revisão.
Desde as 00:00 de hoje já deflagraram 21 incêndios, e estão neste momento [pelas 09:00] em curso cinco, com três ocorrências mais significativas a ser acompanhadas pelas autoridades: os fogos de Mação e Gavião, e um incêndio em Vieira do Minho, Braga, com uma frente ativa, mas que até ao momento não tem “pontos críticos identificados”, não levantando grandes preocupações.
“Em Mação temos toda a área operacional dividida em diferentes setores. Nestes setores temos pequenas frentes ativas, duas delas com 200 metros e uma com 100 metros. Temos muitos pontos quentes para consolidar, um trabalho que vai ser garantidamente muito demorado, especialmente com recurso à maquinaria pesada e aos meios aéreos e terrestres”, disse Patrícia Gaspar, especificando que em Mação é na Herdade da Murteira e em Rio Frio que se localizam as frentes ativas.
A estrada nacional 244 permanece cortada entre Mação e Chão de Codes e entre Torre e Mação.
No incêndio do Gavião, a situação “é semelhante”, com um “teatro de operações estabilizado, sem situações críticas em curso ou ponto sensíveis identificados”, mas as previsões meteorológicas para a tarde de hoje, com temperaturas elevadas e vento, fazem com que os trabalhos de consolidação a realizar sejam “absolutamente fundamentais”.
O balanço mais atualizado do número de feridos regista 61 pessoas assistidas e 93 feridos, dos quais sete em estado grave.
Desde dia 11, quando deflagrou o grande incêndio de Abrantes, mais de 200 pessoas já foram retiradas de suas casas, não estando ainda apurado quantas já puderam regressar às suas habitações.
Em Ortiga, próxima de Belver, onde teve início o incêndio do Gavião, foi na quinta-feira necessário retirar algumas pessoas de um parque de campismo, adiantou Patrícia Gaspar.
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