De acordo com um comunicado enviado à agência Lusa ao final da tarde, a empresa afirma que, dada a imprevisibilidade do comportamento do incêndio, com reacendimentos e aparecimento de novas frentes, “a previsão sobre a conclusão dos trabalhos ainda é prematura”.
“A priorização dos trabalhos para restabelecimento da energia está a ser concertada com as diferentes entidades nacionais e locais, nomeadamente municípios, juntas de freguesia, Segurança Social, GNR e Proteção Civil, em função do regresso das populações às suas habitações”, esclareceu a empresa.
A empresa deixa ainda um alerta à população que está a regressar às habitações para que não se aproxime nem toque em linhas danificadas.
“Quando em presença de linhas elétricas partidas ou danificadas, solicita-se o alerta para a linha de avarias […] e a adoção de comportamentos seguros, nomeadamente a não aproximação e toque”, apela a empresa.
De acordo com a EDP Distribuição, a linha de avarias com o número de telefone 800 506 506 está disponível para a “comunicação de quaisquer anomalias”, devendo as pessoas afetadas recorrer ao serviço de apoio telefónico.
O incêndio rural deflagrou na sexta-feira à tarde em Monchique, no distrito de Faro, e lavra também nos concelhos vizinhos de Portimão e Silves.
Segundo um balanço feito hoje de manhã, há 32 feridos, um dos quais em estado grave (uma idosa internada em Lisboa), e 181 pessoas mantêm-se deslocadas, depois da evacuação de várias localidades.
De acordo com o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, as chamas já consumiram mais de 21.300 hectares. Em 2003, um grande incêndio destruiu cerca de 41 mil hectares nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos.
Na terça-feira, ao quinto dia de incêndio, as operações passaram a ter coordenação nacional, na dependência direta do comandante nacional da Proteção Civil, depois de terem estado sob a gestão do comando distrital.
Comentários