Os bens não alimentares recebidos "já são suficientes para dar resposta às necessidades identificadas", refere a autarquia de Seia em nota hoje publicada na sua página oficial na internet.
O município solicita que as pessoas que estão a colaborar com as campanhas em curso "não entreguem/enviem mais bens", como vestuário, calçado, produtos de limpeza, atoalhados, lençóis, cobertores, loiças, talheres e demais utensílios de cozinha, mobiliário, eletrodomésticos, colchões, etc.
A Câmara Municipal de Seia, no distrito da Guarda, presidida por Carlos Filipe Camelo, "agradece a solidariedade de todos".
Numa outra nota, a fonte explica que a angariação de bens alimentares "para as pessoas que perderam tudo, ou quase tudo" nos incêndios, está a ser articulada, "desde o primeiro momento", entre a Entrelaços - Rede de Lojas Sociais e Cantinas Sociais, através de bens existentes na rede de lojas sociais do concelho, e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Seia.
"A entrega dos bens de primeira necessidade tem sido concretizada pelas equipas multidisciplinares que se encontram no terreno", é indicado.
As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.
Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Esta foi a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.
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