A ajuda da delegação portuguesa da Safari Club International (SCI), a Lusitânia Chapter, vai ser transportada na terça-feira desde a zona de Évora até à Herdade da Parra, no concelho de Silves.
"Vai seguir um camião pesado", carregado com "uma tonelada de palha, alguns sacos de ração e cerca 20 pedras de sais minerais", revelou Rui Sequeira, da SCI Lusitânia Chapter, em declarações à agência Lusa.
Silves foi um dos três concelhos do distrito de Faro, juntamente com Monchique e Portimão, afetados pelo fogo que deflagrou em 03 de agosto e foi dominado uma semana depois, causando 41 feridos, um em estado grave.
De acordo com o responsável, a operação, em colaboração com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), vai permitir distribuir alimento por várias zonas do núcleo populacional de veados.
Rui Sequeira disse que chegaram à associação de caçadores informações de que "os animais estariam sem alimento e em risco de sobrevivência", porque o incêndio de agosto "destruiu zonas de alimentação".
"Sendo nós uma organização de caçadores, entendemos que o nosso contributo deve ser para uma espécie cinegética", assinalou, acrescentando que está nos estatutos a realização de "ações de apoio à conservação da natureza, sustentabilidade das espécies e incremento da biodiversidade".
O dirigente da SCI Lusitânia Chapter notou que a população de veados se disseminou pelas zonas de Monchique, S. Bartolomeu de Messines e S. Brás de Alportel, depois de a espécie ter sido introduzida, nos anos 1980, na Mata Nacional da Herdade da Parra, em Silves.
O responsável indicou que o alimento para os veados foi comprado pela organização de caçadores, com recurso a verbas provenientes da quotização dos associados e da realização de eventos.
Este ano, além desta ação, estão previstos apoios da SCI Lusitânia Chapter a instituições de ensino superior para o estudo de doenças que estão a aparecer em javalis e veados, assim como a colaboração na criação de um plano de gestão para o corço.
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