O barco, que transportava entre 700 e 800 passageiros, incendiou-se esta madrugada no rio Sugandha, perto da cidade de Jhalokathi, a cerca de 275 quilómetros de Daca, quando se dirigia desde a capital para o distrito de Barguna.
O governador da região sul de Jhalokathi, Mohammad Zohor Ali, informou que, até agora, as equipas de resgate recuperaram 36 corpos sem vida.
“Quase 100 feridos foram transportados para hospitais. Ainda não sabemos exatamente quantos passageiros viajavam no barco. Temos diversos depoimentos, de diferentes pessoas. Neste momento, presumimos que entre 700 e 800 passageiros estavam a bordo”, acrescentou o governador.
Um oficial do corpo de bombeiros da região sul de Barisal, Faizul Haque, disse que os motivos que provocaram o incêndio ainda são desconhecidos, mas alguns sobreviventes relataram que o fogo terá tido origem na casa das máquinas do navio de três andaares.
Pelo menos 30 dos corpos encontrados terão sido carbonizados dentro do navio.
“Muita gente saiu do barco, tentando salvar-se. Não sabemos ainda se mais pessoas morreram dessa forma”, explicou Haque.
Acidentes marítimos, como naufrágios e colisões de navios, são comuns no Bangladesh, onde centenas de hidrovias – incluindo os rios do delta do Ganges, como o Brahmaputra, Padma e Meghna – são frequentemente utilizados para transporte de pessoas e mercadorias.
Na maioria dos casos, os acidentes podem ser atribuídos à sobrecarga e às más condições dos barcos, mas os incêndios são relativamente raros.
De acordo com uma agência de controlo de tráfego do Bangladesh, em 2020, um total de 313 pessoas morreram e 371 continuam desaparecidas em 183 acidentes nas vias navegáveis do país.
Um dos últimos acidentes com maior número de vítimas ocorreu em agosto passado, quando pelo menos 22 pessoas morreram após o naufrágio de um navio no leste do Bangladesh.
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