“Queremos que aqueles que entregam mais, que produzem mais, que trazem mais benefícios ao país na sua carreira na função pública possam ser diferenciados, possam ganhar mais por isso, com prémios ligados a objetivos”, disse Rui Rocha, no final de uma reunião com responsáveis da Ordem dos Enfermeiros, em Lisboa.
Segundo o líder da IL, existe “um problema de remuneração em todas as áreas da função pública”, que deriva da falta de aposta no crescimento económico, situação que se agudizou “em oito anos de governação socialista”, durante os quais “os problemas se avolumaram e fazem com que ninguém esteja satisfeito”.
“O país tem de crescer, temos que produzir riqueza, por isso insistimos muito nas questões dos impostos quer para as pessoas, quer para as empresas, porque sem crescimento económico passamos a vida a distribuir problemas, não a distribuir riqueza. Temos que parar de distribuir problemas, temos que passar a distribuir riqueza, mas para isso temos que a criar”, afirmou.
Rui Rocha garantiu que “numa visão de curto prazo” a IL está ciente de que “há um enorme problema de acesso à saúde em Portugal”, afirmando: “Todos conhecemos os problemas das listas de espera para cirurgias e consultas, os problemas da falta de médicos de família, os constrangimentos que existem nas unidades hospitalares, nas urgências”.
“Tudo isto tem de ser debatido, e os enfermeiros são, nesta matéria, uma classe profissional relevantíssima e que sofre. Os enfermeiros sabem bem o que é não ter condições de trabalho no país”, disse, acrescentando que “há uma parte muito significativa de enfermeiros que, todos os anos, acabam por optar por sair de Portugal”.
No entanto, Rui Rocha lembrou que o partido tem “uma visão estrutural para a saúde, que implica uma transformação do modelo que hoje existe, com a possibilidade dos portugueses escolherem qual é o prestador que pretendem, se é publico, privado ou social”.
Comentários