“A trégua de dois meses entrou em vigor às 19 horas (16 horas de Lisboa). A partir desta noite, todas as operações militares aéreas, navais e terrestres devem cessar”, disse o enviado da ONU Hans Grundberg, citado em comunicado.
Um cessar-fogo de dois meses no Iémen proposto pelo enviado especial da ONU para o país, Hans Grundberg, foi aceite na sexta-feira pelas partes em conflito.
“As partes aceitaram suspender todas as operações militares ofensivas aéreas, terrestres e marítimas dentro do Iémen e além das suas fronteiras”, disse o enviado especial da ONU, numa referência a ataques perpetrados pela minoria rebelde Huthi no território contra os países que integram a coligação militar internacional liderada pela Arábia Saudita que intervém desde 2015 na guerra civil do Iémen, iniciada em 2014, e também pelos Emirados Árabes Unidos.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou o cessar-fogo, considerando que permite “uma pausa há muito esperada pela população”, embora considere que “não é suficiente”.
O acordo entre as forças pró-governo e os rebeldes Huthis contém “decisões importantes, mas que não são suficientes”, referiu na sexta-feira o chefe de Estado norte-americano em comunicado de imprensa.
A guerra civil iemenita, que começou em 2014 quando os Huthis tomaram vastas parcelas de território do norte e oeste do país, incluindo a capital, fez centenas de milhares de mortos em mais de sete anos — não só vítimas dos combates, como também de causas indiretas, como falta de água potável, fome e doenças -, pelo que é considerada pela ONU a maior catástrofe humanitária do planeta, com milhões de pessoas à beira da fome e “mais de 80% da população a precisar de ajuda humanitária”.
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