Vídeos divulgados por vários canais de televisão mostram o momento em que uma pessoa apontou a arma de fogo em frente ao rosto da ex-Presidente argentina Cristina Kirchner (2007-2015), quando esta saiu de uma viatura, perto de casa.
Segundo o jornal argentino Clarín, o autor da tentativa de ataque foi um homem brasileiro de 35 anos. A arma era uma pistola de calibre de 32 centímetros. O gatilho chegou mesmo a ser puxado, mas a arma, que continha cinco balas, falhou.
Quando falhou, o homem, motorista de aplicações tipo Uber, que funcionam através de uma aplicação, que tem antecedentes criminais, depois de ter sido detido em março por posse de arma branca, tentou fugir pelas ruas, mas acabou por ser detido.
Segundo o mesmo meio, nas redes sociais, o homem mostrava-se com vários símbolos nazis, incluindo tatuagens.
Logo num primeiro momento, quando ainda havia várias questões em aberto, membros do Governo foram rápidos a descrever o incidente como uma tentativa de assassínio.
“Quando o ódio e a violência se impõem sobre o debate de ideias, as sociedades são destruídas e geram situações como a que hoje se vê: uma tentativa de assassínio”, disse o ministro da Economia, Sergio Massa.
Os ministros do Governo do Presidente Alberto Fernández divulgaram um comunicado conjunto no qual “condenam energicamente a tentativa de homicídio” da vice-Presidente.
“O que aconteceu esta noite é de extrema gravidade e ameaça a democracia, as instituições e o Estado de direito”, pode ler-se na nota.
O ex-Presidente Mauricio Macri também repudiou o ataque. “Este acontecimento muito grave exige um esclarecimento imediato e profundo por parte dos órgãos judiciários e de segurança”, escreveu Macri na rede social Twitter.
Da ONU, através de Ravina Shamdasani, também chegaram palavras de condenação: "Estamos em choque e é crucial que se faça uma investigação sobre a forma como as coisas ocorreram"
Os apoiantes da vice-Presidente têm-se reunido nas ruas em torno da sua casa desde a semana passada, após um procurador pedir uma pena de 12 anos para Kirchner num caso de alegada corrupção relacionado com obras públicas.
As tensões têm vindo a aumentar no bairro da Recoleta, em Buenos Aires, desde o fim de semana, quando apoiantes da vice-Presidente entraram em confrontos com a polícia nas ruas que circundam o seu apartamento, após as forças de segurança terem tentado desmobilizar os manifestantes.
*Artigo atualizado às 14h42
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