O Hamas “pede desculpa” pelas dificuldades causadas pela guerra contra o exército israelita, iniciada há quase seis meses, de acordo com a mensagem, na qual também reiterou a vontade de prosseguir o conflito que, garantiu, deve conduzir à “vitória e à liberdade” dos palestinianos.
Na “mensagem de agradecimento ao povo” da Faixa de Gaza, o Hamas reconheceu “o cansaço” da população.
O movimento insistiu nas medidas que disse ter tentado pôr em prática para atenuar as dificuldades, nomeadamente as tentativas de “controlar os preços”, “tendo em conta a agressão em curso”.
O Hamas afirmou também que está a falar com “todas as componentes” da sociedade de Gaza, mencionando outros movimentos armados, “comités populares e famílias”, para “resolver os problemas causados pela ocupação”.
As necessidades humanitárias são imensas no território, já afetado antes da guerra por um bloqueio israelita imposto desde 2006, pela pobreza e pelo desemprego. A ajuda está a chegar, e a maior parte da população foi deslocada para a parte mais a sul, em torno de Rafah, perto da fronteira egípcia fechada.
Esta cidade, que tinha menos de 300.000 habitantes antes da guerra, conta atualmente com mais de um milhão, segundo as estimativas da ONU.
Nos últimos meses, várias figuras do Hamas, como Khaled Mechaal, antigo chefe do gabinete político do movimento, afirmaram ser “necessários sacrifícios” para “a libertação” dos palestinianos.
A guerra foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas, a partir da Faixa de Gaza contra Israel, a 07 de outubro. Cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, morreram, de acordo com dados oficiais israelitas.
No ataque, cerca de 250 pessoas foram também raptadas, 34 morreram e 130 continuam reféns em Gaza, indicaram autoridades israelitas.
Em represália, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma ofensiva que já fez mais de 32 mil mortos, refere o último balanço divulgado na sexta-feira pelo Ministério da Saúde do Hamas.
O Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, é considerada uma organização terrorista por vários países, incluindo Israel, Estados Unidos e a União Europeia.
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