“Felicitamos Leão XIV pela sua eleição como líder da Igreja Católica e esperamos que ele continue com a atitude do falecido Papa de apoiar os oprimidos e rejeitar o genocídio em Gaza”, disse o grupo, num comunicado divulgado na noite de quinta-feira.

Na nota, o Hamas desejou ao novo Papa sucesso no trabalho da Igreja, num mundo marcado por tragédias e, em especial, pela “brutal agressão sionista” contra Gaza, onde já morreram mais de 52 mil pessoas desde o início da ofensiva israelita, de acordo com um balanço das autoridades sanitárias de Gaza.

O grupo também recordou “as corajosas posições humanitárias” do Papa Francisco, que morreu em 21 de abril, aos 88 anos, a “constante solidariedade com o povo palestiniano” e a “sua rejeição à ocupação e às suas políticas repressivas”.

O Papa Francisco era um fervoroso defensor da paz mundial e exigia quase diariamente o fim da ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza, chegando mesmo a pedir que fosse investigada como um possível genocídio.

Após a morte de Francisco, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu demorou três dias a apresentar as condolências.

Israel declarou a 07 de outubro de 2023 uma guerra na Faixa de Gaza horas depois de o Hamas ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, e sequestrando 251.

O cardeal Robert Francis Prevost, 69 anos, foi eleito Papa na quinta-feira, após dois dias de conclave, na Cidade do Vaticano, e assumiu o nome de Leão XIV.

Nascido em Chicago, Estados Unidos, o novo Papa tem ascendência espanhola e nacionalidade peruana, e pertence à Ordem de Santo Agostinho.