"A Guerra da Coreia (1950-1953) devastou a Península da Coreia. O acordo de armistício parou o derramamento de sangue. Durante sete décadas serviu como base legal para preservar a paz e a estabilidade", disse Guterres, sublinhando, porém, que a península continua dividida.
"No centro de crescentes tensões geopolíticas, o aumento do risco nuclear e a erosão face às normas internacionais, a ameaça de uma escalada está a aumentar", disse Guterres, pedindo "um novo impulso da diplomacia no sentido da paz".
Na mesma mensagem, António Guterres pediu às partes para que "retomem contactos diplomáticos regulares e promovam um clima adequado para o diálogo", a fim de alcançar o "objetivo claro" de alcançar "uma paz sustentável e a desnuclearização completa e verificável da península coreana".
"Espero que os nossos funcionários [da ONU] e a comunidade internacional possam voltar a Pyongyang após a pandemia de covid-19. Este regresso pode contribuir para melhorar o apoio à população, fortalecer as relações e fortificar os canais de comunicação", acrescentou.
A mensagem do secretário-geral das Nações Unidas ocorre num momento em que se agravam as tensões na Península da Coreia, uma vez que os contactos para tentar chegar a um acordo de paz foram congelados, situação agravada pelos últimos testes balísticos realizados pelo regime de Pyongyang.
O armistício da Guerra da Coreia levou à divisão da península do norte da Ásia Oriental em dois países.
No conflito, ocorrido no contexto da Guerra Fria, a Rússia e a China estiveram do lado da Coreia do Norte contra as forças da Coreia do Sul, que tiveram o apoio de uma força internacional da ONU liderada pelos Estados Unidos.
As duas Coreias assinaram um cessar-fogo em 27 de julho de 1953, mas nunca um tratado de paz, pelo que tecnicamente continuam em guerra.
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