A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, o Sindicato Nacional dos Ferroviários e Afins e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário emitiram pré-aviso de greve para o período entre as 0:00 e as 24:00 de dia 17, mas salvaguardaram que ficam também abrangidos os trabalhadores que iniciam o turno de trabalho ainda hoje, assim como os que terminam o turno já na madrugada de dia 18.
Dado que é a IP que assegura a gestão da infraestrutura ferroviária, a CP prevê que ocorram perturbações significativas na circulação de comboios a nível nacional, devido a esta greve.
"Por motivo de greve convocada por organizações sindicais da empresa IP, preveem-se perturbações significativas a nível nacional em todos os serviços, no dia 17 de julho", disse a CP num aviso emitido.
Segundo a CP, prevê-se ainda que ocorram também perturbações na circulação dos comboios nos dias 16 e 18 de julho, devido à paralisação.
Os serviços mínimos definidos para a greve de sexta-feira na IP determinam que os comboios que se encontrem em circulação à hora do início da greve têm obrigatoriamente de chegar ao seu destino.
De acordo com a decisão do Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social, tomada na segunda-feira por unanimidade, têm ainda de ser assegurados os serviços necessários à movimentação do “comboio socorro”.
Para a IP - Infraestruturas ficou definido que “esta empresa deverá disponibilizar canal para realização do transporte de mercadorias – matérias perigosas, 'jet fuel', carvão e bens perecíveis”.
Para a IP - Telecom, S.A., foi decidido que “esta empresa deverá assegurar os serviços mínimos de telecomunicações de manutenção corretiva e supervisão da rede de telecomunicações por forma a garantir condições de exploração do canal”, o que implica dois trabalhadores dos Field Services Norte, dois trabalhadores dos Field do Sul, dois trabalhadores da Unidade de Comunicações e dois da Unidade de Datacenters& Cloud.
Os sindicatos envolvidos no conflito laboral acusaram, em comunicado, a administração da IP e o Governo de não terem consideração para com os trabalhadores das empresas do grupo IP (Infraestruturas; Telecom; Património e Engenharia) e de nada terem feito para encontrar uma solução, que “abrisse linhas de negociação das reivindicações e dos problemas dos trabalhadores”.
As estruturas sindicais queixaram-se de não ter sido apresentada pela empresa qualquer proposta que permitisse “abrir um processo de negociação sério, não só em torno da matéria salarial, mas de outras matérias identificadas pelas organizações sindicais".
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