A revogação da ordem, emitida em fevereiro de 2024 por Joe Biden no meio da polémica ofensiva israelita em Gaza, foi descrita como "excelente notícia" pelo senador republicano Jim Risch, presidente do Comité de Relações Externas.

O governo anterior, pressionado por congressistas democratas que denunciaram o uso de armas americanas por Israel em Gaza, pediu aos países que recebiam ajuda militar garantias "credíveis e confiáveis" de que respeitariam os direitos humanos.

A ordem, conhecida como NSM-20, levou à publicação de um polémico relatório em maio de 2024 que criticava o uso de armas americanas por Israel sem suspender a entrega.

Embora fosse "razoável acreditar" que Israel teria utilizado as armas de forma incompatível com o direito internacional humanitário, os Estados Unidos não chegaram a "conclusões" definitivas por insuficiência de informações, disse o relatório.

O relatório também analisou remessas de armas para Colômbia, Iraque, Quénia, Nigéria, Somália e Ucrânia.

O decreto que inspirou o relatório foi revogado, segundo o Washington Post, que cita "várias" fontes próximas ao governo dos Estados Unidos e um memorando do Conselheiro de Segurança Nacional Michael Waltz.

O senador Jim Risch criticou o texto que tinha como único objetivo satisfazer "a esquerda progressista" e "envergonhar o nosso aliado Israel" e que "acabou a reduzir a segurança dos Estados Unidos e dos seus aliados".

"A única coisa que o governo Trump faz ao revogar o NSM-20 é enviar um sinal aos aliados dos Estados Unidos de que o governo simplesmente não se importa com a forma como as armas americanas são utilizadas, não importa o quão ilegal ou imoral isso seja", disse ao Washington Post Christopher Le Mon, encarregado dos direitos humanos do Departamento de Estado no governo de Joe Biden.