“O ‘mapa’ foi aprovado”, afirmou o embaixador do Vaticano em Manágua, Waldemar Sommertag, que terá o papel de “testemunha internacional”, nos termos do acordo alcançado após cinco dias de reuniões.
As negociações vão decorrer na presença de representantes da Igreja Católica e das Igrejas Protestantes, entre a próxima segunda-feira e sexta-feira.
Desta forma, o acordo marca o regresso da Conferência Episcopal e do cardeal de Manágua, Leopoldo Brenes, à mesa de negociações. Por outro lado, o pastor Ulises Rivera vai representar as igrejas evangélicas, consideradas mais próximas do poder.
Os dois religiosos serão “testemunhas nacionais”.
As delegações pretendem concluir as negociações em 28 de março. No entanto, o prazo pode ser prorrogado “por consenso” entre as duas partes, cada uma composta por seis membros.
A crise sociopolítica que a Nicarágua vive desde abril do ano passado fez entre 325 e 561 mortos, entre 340 e 777 detidos, centenas de desaparecidos, milhares de feridos e dezenas de milhares de exilados, de acordo com números de organismos humanitários.
Há 12 anos consecutivos no poder, o Presidente nicaraguense, Daniel Ortega, reconheceu a existência de 199 mortos e 340 detidos, aos quais chama “terroristas”, “golpistas” ou “delinquentes comuns”.
Ortega afirmou já ser vítima de uma tentativa de “golpe de Estado falhado”.
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