![Futre não entende a rivalidade e lamenta o silêncio de Benfica e Sporting](/assets/img/blank.png)
Paulo Futre, antigo futebolista português, lembra Pinto da Costa como "mais do que um pai", na Igreja das Antas, no Porto, onde está a decorrer o funeral do presidente. Além disso, comentou com o jornal A Bola o silêncio de Benfica e Sporting perante a notícia.
"Ainda não houve nenhum comunicado? Recordo-me que quando morreu o presidente do Atlético de Madrid (Jesus Gil y Gil) estavam o presidente do Real Madrid e do Barcelona no funeral e houve muitas mais guerras entre eles do que as que houve cá em Portugal... Não entendo, mas respeito", disse Paulo Futre.
Como último adeus, destaca que "Pinto da Costa foi o presidente com mais títulos da história, único à sua maneira, o F. C. Porto para ele era tudo, a sua vida... Não tenho palavras".
Recorda como o presidente o convenceu a ir jogar para o FC Porto: "Paulinho, aqui vais ser tu e mais dez", e assim foi. "Tive de mostrar nos primeiros jogos e não parei mais", continua, "quando me portava mal, saía à noite, era solteiro, ele chamava-me ao escritório e dizia: 'Paulinho, não estás a abusar?' Ficava três meses sem sair".
Entre as memórias que guarda com Pinto da Conta, destaca o jogo em Viena do FC Porto, quando a 27 de maio de 1987 os dragões venceram a Taça dos Clubes Campeões Europeus, frente ao Bayern de Munique (2-1), com um golo de Madjer e outro de Juary: "Na segunda volta dos quartos de final o presidente fez uma reunião no hotel e disse: 'se passarmos amanhã vamos ser campeões da Europa'. Fui-me deitar com isto na cabeça, ser campeão da Europa, nunca tinha ouvido isso. E fomos. Ele era aquele líder que falava com os olhos, não por palavras, mesmo quando ia ao balneário".
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