O reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, considerou que a 'fuga de cérebros' não é algo "mau", sublinhando que "o grande problema é ter uma capacidade inversa reduzida".
Há uma dificuldade do país em atrair cérebros, "quer dos portugueses que foram para fora, quer de pessoas de outras nacionalidades", notou João Gabriel Silva, que falava durante a sessão de abertura do 5.º Fórum Anual de Graduados Portugueses no Estrangeiro (GraPE), que decorre esta quarta-feira em Coimbra.
"O problema está mais nessa capacidade inversa", frisou, referindo que a ida de portugueses para fora é "absolutamente essencial" para o país, face à experiência que adquirem no estrangeiro.
Para o reitor da Universidade de Coimbra, é fundamental que Portugal adquira "capacidade de fixar e de atrair muitos dos portugueses que estão atualmente no estrangeiro", visto que o desenvolvimento do país depende "do conhecimento".
Mas, para que isso se efetue, não depende "apenas do reconhecimento dessa necessidade", mas também "de recursos para o poder fazer".
João Gabriel Silva disse que os orçamentos das universidades "não subiram nada", sendo que, para atraírem pessoas, as instituições do ensino superior dependem da capacidade de angariar "receita própria".
Dirigindo-se para uma plateia onde estavam presentes investigadores portugueses no estrangeiro, o reitor sublinhou que Portugal "e o seu futuro vai depender da contribuição que os novos estrangeirados queiram e possam dar ao desenvolvimento do país".
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