O sindicalista falava aos jornalistas à saída de uma reunião com a secretária de Estado da Administração e do Emprego Público, Fátima Fonseca, no Ministério das Finanças, em Lisboa.
José Abraão disse que durante o encontro a governante adiantou que as Comissões de Avaliação Bipartida (CAB) com maior número de requerimentos, como é o caso da Educação e da Saúde, “provavelmente poderão ver concluídos os seus trabalhos até março”.
“Nós receamos que, efetivamente, cheguemos a junho e não haja concurso abertos e que a precariedade continue a castigar os trabalhadores”, sublinhou o secretário-geral da FESAP.
José Abraão disse ainda que “a grande preocupação” tem a ver com o processo dos precários nas autarquias em que o Governo “assume dois pesos e duas medidas”, uma vez que enquanto na administração central os processos são avaliados pelas CAB e os trabalhadores entram nos mapas de pessoal, “nas autarquias está dependente da discricionariedade de cada executivo municipal”.
“Há trabalhadores que estão a ficar para trás neste processo”, afirmou.
Quanto às progressões na carreira, José Abraão considerou que devem ser pagas em janeiro e não mais tarde, com retroativos, como já assumiu o Governo.
“Alguns serviços têm-nos dito que lá para março e, nalguns casos até em abril, é que haverá condições para que os trabalhadores possam então receber os parcos euros a que têm direito”, disse José Abraão.
O sindicalista reafirmou que “há milhares de trabalhadores, mais de 50% que não vão ter qualquer descongelamento nas carreiras nem aumentos salariais” em 2018.
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