"Se queremos preservar o nosso modelo pluralista de sociedade e de organização política, então precisamos de trabalhar. Trabalhar mais pela causa da democracia, da liberdade, da paz e dos direitos humanos. Em Portugal, na Europa e no Mundo", afirmou.
Ferro Rodrigues falava na Sala do Senado da Assembleia da República, numa cerimónia de celebração dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, à qual, salientou, a Constituição da República Portuguesa está vinculada.
"A Declaração é a nossa bússola de valores e a carta universal dos direitos. É porventura dos documentos traduzidos em mais línguas. Infelizmente, à sua divulgação global não corresponde uma equivalente aplicação global", lamentou.
Segundo o presidente de Assembleia da República, "desde a viragem do século" tem havido "retrocessos significativos nos direitos humanos, na paz e no desenvolvimento, nos direitos laborais e na própria qualidade das democracias".
Ferro Rodrigues acrescentou que "um mundo menos respeitador da ordem internacional e do multilateralismo é sempre um mundo mais perigoso".
"Há já até quem defenda, em plena União Europeia, e sem qualquer pudor, um novo modelo de democracia que chamam de democracia iliberal. Como se pudesse haver democracia digna desse nome sem liberdade. Estes sinais preocupantes servem para nos lembrar que a causa dos direitos humanos e da paz nunca está conquistada", advertiu.
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