Das oito vítimas, seis eram da mesma família e outros dois eram funcionários. O dono da empresa de pirotecnia, uma filha deste, três genros do proprietário e ainda uma sobrinha não sobreviveram a uma forte explosão, seguida de incêndios, naquela unidade industrial.
No final da tarde do dia 04 de abril de 2017, a explosão deixou em choque as povoações de Lamego, tal a brutalidade do incidente, que obrigou a grande desempenho da proteção civil, além de outras forças de segurança.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deslocou-se ao local e a Assembleia da República aprovou por unanimidade um voto de pesar, assim como a Câmara de Lamego.
O Município de Lamego também destacou o facto de o primeiro-ministro, António Costa, ter manifestado “de imediato a sua solidariedade pessoal e o incondicional apoio do Governo, através da presença do secretário de Estado da Administração Interna e das mensagens e disponibilidade manifestadas pelo ministro da Defesa e outros membros do Governo”.
“Têm a vida normalizada, um dos filhos retomou o negócio, não na produção, mas apenas na venda e as irmãs estão a dar apoio. A situação está normalizada”, disse à agência Lusa o presidente da Junta de Avões, local da explosão, Macário Rebelo.
O autarca disse desconhecer se a família já terá recebido alguma indemnização das seguradoras – a edição de hoje do Jornal de Notícias diz que o processo ainda não está concluído -, até porque “são todos muito reservados”.
Também o presidente da Junta de Freguesia de Ferreiros, onde agora vive aquela família, disse à Lusa nada saber sobre as indemnizações, mas sublinhou que o processo de regresso à normalidade está a correr bem.
“Mas a família não tem falado com a Junta. Nem para pedir qualquer tipo de apoio, psicológico ou outro. Foi um processo difícil, mas é uma família muito forte, com grande dinâmica”, explicou Patrício Esteves.
Na altura do incidente, a PSP revelou que a empresa tinha sido inspecionada em 2016, não tendo sido detetada qualquer desconformidade com a lei.
“A empresa Pirotecnia Egas Sequeira, Sociedade Unipessoal, Ld.ª, em que ocorreu o incidente, encontrava-se a laborar ao abrigo de uma autorização provisória do exercício da atividade, por força do previsto no Decreto-Lei n.º 87/2005, de 23 de maio. A referida empresa foi alvo de várias ações de fiscalização pelo Departamento de Armas e Explosivos da PSP, tendo a última ocorrido em 12.04.2016, não tendo sido detetada qualquer desconformidade com a Lei”, referia então uma nota de imprensa da PSP enviada à agência Lusa.
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