O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, em funções há 11 dias, prometeu acabar com o declínio das forças armadas do Reino Unido registado durante 14 anos de governo do Partido Conservador, e anunciou a revisão da estratégia de defesa na terça-feira como um dos seus primeiros atos.
Starmer reafirmou o compromisso de aumentar a despesa com a defesa para 2,5% do PIB, a partir do seu nível atual de cerca de 2,3%, mas sem estabelecer um prazo, alegando que será “aumentada de forma responsável”.
O Ministério da Defesa disse que a revisão teria como objetivo reforçar a segurança interna do Reino Unido, apoiar a Ucrânia na sua luta contra a Rússia e “modernizar e sustentar” o arsenal nuclear britânico.
Robertson, ex-ministro da Defesa britânico e secretário-geral da NATO entre 1999 e 2003, será assistido pela ex-assessora da Casa Branca Fiona Hill e pelo general Richard Barrons, ex-diretor de operações das forças armadas do Reino Unido.
Robertson disse aos jornalistas britânicos que o Reino Unido e os seus aliados da NATO estão “confrontados com um quarteto mortal de nações, cada vez mais a trabalhar em conjunto”, referindo-se à Rússia, Irão, Coreia do Norte e China.
O Reino Unido tem-se abstido de chamar à China uma ameaça, referindo-se frequentemente a este país como um “desafio estratégico”.
Numa cimeira realizada em Washington na semana passada, a aliança militar ocidental de 32 nações considerou a China um “facilitador decisivo” da guerra da Rússia contra a Ucrânia, a sua mais séria repreensão até agora contra Pequim.
A China insiste que não fornece ajuda militar à Rússia, mas tem mantido fortes laços comerciais com o seu vizinho do norte desde a invasão russa da Ucrânia.
O resultado da revisão está previsto ser publicado no primeiro semestre de 2025 e ajudará a definir a política de defesa do Reino Unido para a próxima década.
“Precisamos de ter uma visão clara das ameaças que enfrentamos, com o mundo a tornar-se mais volátil e a tecnologia a mudar a natureza da guerra”, afirmou o ministro da Defesa britânico, John Healey.
O ministro acrescentou que as forças armadas “têm de estar mais bem preparadas para combater, mais integradas e mais inovadoras.
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