"Este sentimento até pode ser um sentimento que alguns, levados por alguma onda, alguma bolha mais mediática, acha que se estranha. Pode ser um sentimento que hoje se estranha, mas podem ter a certeza que no domingo à noite é um sentimento que se entranha, porque estou absolutamente convicto que nós vamos vencer as eleições europeias", afirmou o candidato, adaptando uma frase de Fernando Pessoa.
No almoço numa cervejaria lisboeta, que antecede a tradicional arruada no Chiado, e numa aparente referência às sondagens que atribuem uma derrota ao partido, Paulo Rangel pediu a todos que "não desistam, não desmotivem e não desmobilizem", avisando que até domingo "há muito trabalho a fazer".
"Só há um voto que pode marcar a diferença, só há um voto que derrota o PS, só há um voto que pode derrotar António Costa e esse é o voto do PSD", afirmou, reiterando o discurso do voto útil.
Paulo Rangel fez um apelo a militantes, a simpatizantes, mas também a todos os que "não se resignam" com a situação do país.
"Quem está contente com o estado de coisas, quem acha que o país está bem, tem uma escolha e essa escolha é clara. Mas, quem está inconformado só tem uma alternativa", desafiou.
O candidato ‘colou’ o nome do primeiro-ministro, António Costa, ao aumento da dívida pública e da carga fiscal, à "degradação" dos serviços públicos e ao baixo investimento público.
"O nome é António Costa e o responsável é o PS e o seu Governo", acusou, atribuindo também ao cabeça de lista socialista, Pedro Marques, responsabilidades no que disse ser a "pior execução de fundos comunitários".
Antes de Rangel, o vice-presidente do PSD Morais Sarmento deixou umas breves palavras para "dizer presente" e saudar o cabeça de lista social-democrata às eleições europeias de domingo.
"Ao longo desta campanha, tem sabido marcar bem a diferença entre quem lança confusão, quem procura inventar notícias e quem, com conhecimento, nos fala da Europa (..). Estou aqui porque fomos, somos e seremos sempre do PSD", afirmou o ex-ministro, dando um forte abraço ao candidato.
Também o líder parlamentar, Fernando Negrão, se ‘estreou’ em discursos na campanha, começando por pedir uma "injeção de vitalidade" à sala, que o ouviu sempre com um burburinho de fundo.
"Falei com alguns companheiros e notei alguns sinais de pessimismo, mas não vale a pena. O que estamos a viver hoje é uma sociedade de cenários, onde foi criado um pensamento dominante, que às vezes não nos deixa expressar as nossas ideias", afirmou.
Negrão fez questão de falar das críticas que BE e PCP apontam à construção europeia.
"Com a campanha eleitoral a terminar, a sensação que temos é que BE e PCP defendem a nossa permanência na União Europeia. É mentira", acusou.
No almoço, que ficou com lugares vazios, marcaram presença vários deputados e quatro vice-presidentes do PSD: além de Morais Sarmento, também Castro Almeida, Isabel Meirelles e Salvador Malheiro se juntaram a Paulo Rangel, bem como a antiga presidente da Assembleia da República Assunção Esteves.
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