Durante a manhã do penúltimo dia da campanha, o candidato visitou um complexo da Santa Casa da Misericórdia na Amadora, que junta as valências de jardim-de-infância, lar e uma unidade de cuidados continuados e foi em seguida de metro para o Chiado, onde almoça com militantes e apoiantes.
No dia em que uma sondagem divulgada pela TSF e pelo JN mostra o PS à frente por uma margem larga, com 32,4% das intenções de voto, e o PSD com 24,8%, e questionado sobre o facto de a candidatura do PS falar em vitória, Rangel respondeu com um ditado popular.
“Se o PS fala nisso, o que eu digo é que 'presunção e água benta cada um toma a que quer'”, afirmou, acrescentando que nada o demove da convicção que tem sobre a vitória do PSD nas eleições europeias.
“Estamos rigorosamente confiantes de que vamos ganhar as eleições, acho que estamos realmente em condições e nada me demove dessa convicção”, disse, apontando “sinais muito positivos”, seja “na rua, seja na mobilização de militares”.
No final da visita às várias valências da Santa Casa da Misericórdia, na Amadora, Paulo Rangel disse ter constatado a “estagnação” do investimento público nas “respostas sociais” e em particular na saúde.
O candidato afirmou ter recolhido na instituição uma “crítica muito severa” à “estagnação do investimento” em particular na valência de cuidados continuados, acusando o governo e a segurança social que mostrarem “insensibilidade” perante a necessidade de reforço daquela resposta.
“Há aqui de facto um estrangulamento e ele deve-se ao facto de o Governo estar a desinvestir” nas respostas sociais, criticou Paulo Rangel
Em seguida, o cabeça de lista do PSD às europeias foi, pelas 11:50, apanhar o metropolitano na estação Amadora-Este com destino ao Chiado, já fora da hora de ponta e com muitos lugares vagos.
Rangel distribuiu alguns postais da candidatura no percurso e foi abordado por um homem que lhe disse de forma agressiva que partidos “são todos iguais PS, PSD e Bloco de Esquerda, querem todos é tacho” e que acabou por o insultar.
O candidato decidiu não responder. Aos jornalistas, questionado sobre o facto de andar de metro em campanha numa hora com pouco movimento, Rangel disse que não é preciso andar no metro na altura em que está “completamente lotado” porque as pessoas têm consciência de que "isso acontece".
“Queria chamar a atenção aqui no metro de Lisboa, por um lado para o grande estrangulamento a que está sujeito todo o transporte, toda a mobilidade urbana, por causa do metro. Há falta de matéria circulante, há falta de recursos humanos e a situação é francamente negativa”, disse.
Rangel referiu ainda o caso da estação de Arroios que está em obras há dois anos e tem causado “grandes prejuízos não só às pessoas mas também ao comércio local”, frisando que está “criado um bloqueio” sem que o governo consiga resolver.
Paulo Rangel sublinhou que o PS escolheu para cabeça de lista um ex-ministro que teve a responsabilidade pelas infraestruturas e planeamento e que agora “anda escondido” na campanha.
Sobre as críticas do PS ao discurso do ex-líder do PSD e ex-primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, na campanha do PSD, Rangel contrapôs que o PS “é que tem de explicar porque é que António José Seguro (ex-líder do PS) não vai à campanha e por que é que esconde os seus candidatos”.
“O que eu gostava era de ver o PS a deixar de ser um partido unipessoal. Aparece Costa em tudo e Costa para tudo e tudo se resume a Costa” na campanha do PS às europeias.
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