“Paulo Rangel também não fez trabalho no PE. O que se conhece do seu trabalho no PE é um relatório legislativo e um relatório não legislativo. Isso significa que dos mais de 760 deputados no PE, Paulo Rangel está no brilhante lugar 597 em trabalho no PE”, disse Pedro Marques.
O candidato do PS às europeias de 26 de maio falava num jantar com cerca de 400 militantes e simpatizantes, em Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, que contou com a presença do secretário-geral do partido e também primeiro-ministro, António Costa
No seu discurso, Pedro Marques atacou Paulo Rangel acusando-o de fazer uma campanha de “falsidades” e lembrou as declarações em que aquele dizia que o candidato socialista foi “um mau ministro e um mau negociador” nas negociações do próximo quadro de fundos comunitários.
Procurando rebater esta ideia, o candidato do PS exibiu um gráfico com o resultado da primeira proposta da Comissão Europeia para o próximo quadro comunitário que mostra que os fundos aumentam 2% para a União Europeia e 8% para Portugal.
“O acordo que fizemos com o PSD para não perder um euro a preços correntes está cumprido. Foi porque o António Costa lutou e porque eu lutei na primeira fase da negociação que conseguimos esta proposta. Essa conclusão de que o PS não está a dar conta do recado é falsa. Esta maneira de fazer campanha não passará”, considerou.
Pedro Marques apelou ao PSD para parar de dizer mal do país e de dizer que tudo é culpa do PS, adiantando que ainda só não o acusaram de ser responsável pelo falhanço do acordo entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e a Coreia do Norte.
O cabeça-de-lista do PS desafiou ainda o PSD a explicar por que foi contra a medida dos passes sociais.
“Porque é que o PSD se opõe a uma medida que melhora a vida de milhares e milhares de portugueses? Têm de explicar ao país”, atirou.
O secretário-geral do PS, António Costa, pediu “um grande voto de confiança “neste Governo, para prosseguir a política que começou há três anos, e “continuar todos os dias a melhorar a vida dos portugueses”.
“É por isso que eles não nos perdoam e querem acabar com este Governo. Quando disseram que não havia alternativa, nós provámos que havia alternativa, quando disseram que vinha aí o diabo, nós conseguimos afugentar o diabo” referiu.
O líder socialista apelou ainda à mobilização e pediu o empenho de todos nestas eleições como se fossem legislativas ou autárquicas, sustentando que esta escolha “é tão decisiva como todas as outras”.
O jantar no Europarque contou ainda com uma homenagem ao ex-secretário de Estado da Indústria João Vasconcelos, que morreu esta semana.
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