Falando no encerramento do comício do PS em Aveiro, Ana Catarina Mendes pegou, sobretudo, na intervenção feita em Cascais, na segunda-feira, pelo ex-primeiro-ministro e ex-presidente do PSD Pedro Passos Coelho, que caracterizou o atual Governo socialista como sendo "ilusionista".
Ana Catarina Mendes começou por usar a ironia, dizendo que "foi bom e pedagógico ver o regresso de Pedro Passos Coelho à campanha das eleições europeias e à cena política".
"Acusou-nos de ilusionismo, mas será que já nos esquecemos, ou melhor, será que todos ainda nos lembramos, daquele que prometeu que não cortava subsídios de Natal e de férias e depois cortou? Todos nos lembramos daquele que convidou os nossos jovens a emigrar, todos nos lembramos de quem jurou defender os serviços públicos, mas que depois depauperou o Serviço Nacional de Saúde e a escola pública", acusou a "número dois" da direção do PS.
Mas, Ana Catarina Mendes foi ainda mais longe no ataque ao anterior Governo de Passos Coelho, dizendo que os portugueses sabem "quem queria privatizar a Segurança Social e quem queria ir além da ‘troika’, orgulhosamente".
"Com isso, foram roubados direitos, a esperança e a confiança aos portugueses. Por isso, hoje, estamos perante o PSD de sempre, com o ideais de sempre: Cortar, empobrecer, privatizar e sem qualquer ambição de projeto social para Portugal ou para a União Europeia", criticou ainda.
Para a secretária-geral adjunta do PS, "ilusão é entender que os portugueses têm a memória curta".
"Mas, não temos memória curta. Os portugueses sabem mesmo muito bem o que as suas vidas mudaram nestes últimos três anos e meio", contrapôs, num elogio ao executivo liderado por António Costa.
Na linha do secretário-geral do PS, Ana Catarina Mendes sublinhou que o partido quer um “projeto de paz”, que só é possível com uma “frente progressista na Europa”, capaz de defender os “direitos humanos, a solidariedade e o desenvolvimento” do projeto europeu.
“A Europa não é a distância que nos separa entre Portugal e Bruxelas. A Europa permitiu trazer qualificações, emprego, desenvolvimento, mas é o único espaço político democrático capaz de enfrentar gigantes económicos” como os Estados Unidos, a Rússia ou a China, concluiu.
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