“Todos os cidadãos e cidadãs, sem exceção, têm o direito à informação para que se sintam esclarecidos de forma cabal, a fim de tomarem decisões conscientes. Os debates televisivos têm um papel bastante importante neste caminho informativo, pelo que apelamos à inclusão da comunidade surda por parte das estações televisivas”, afirma Francisco Guerreiro, cabeça-de-lista do PAN às eleições europeias, em comunicado enviado para a agência Lusa.
Em causa está o debate que se realizou na quarta-feira na estação de televisão SIC, na qual estiveram presentes candidatos de cinco partidos – PS, PSD, CDS, BE e PDR – e de uma coligação (CDU).
Sem a presença de qualquer intérprete de Língua Gestual Portuguesa (LGP), Pedro Marques (PS), Paulo Rangel (PSD), Nuno Melo (CDS-PP), Marisa Matias (BE), Marinho e Pinto(PDR) e João Ferreira (CDU) participaram no primeiro debate para as europeias.
Para o PAN, esta situação é “um ato discriminatório face à comunidade surda em Portugal” e, por isso, pede à ERC que analise a situação e tome as medidas necessárias.
"O cidadão surdo precisa de estar informado quanto às intenções e programas de campanha dos partidos políticos tanto como qualquer outro cidadão, caso contrário estamos perante uma situação geradora de discriminação em razão da deficiência proibida e punida pela Lei”, refere a denúncia enviada para a Entidade Reguladora para a ERC.
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