"Sabe que, com frequência, nós nas eleições temos duas vitórias: vencemos os obstáculos que temos para termos bons resultados eleitorais e vencemos também as sondagens. Se nestas eleições vencermos as sondagens como vencemos há cinco anos quando nenhuma sondagem apontava o resultado que tivemos, acho que conseguimos vencer as sondagens e julgo que também domingo à noite teremos motivos para celebrar duplamente", afirmou João Oliveira, durante uma "arruada" a cerca de um quilómetro das Quinta da Atalaia e do Cabo da Marinha, recinto da Festa do "Avante!".
Antes, o deputado do PCP fora questionado sobre os estudos de opinião que indicam uma quebra na votação na coligação que junta comunistas e ecologistas face às últimas europeias, há cinco anos, quando a CDU obteve três mandatos em Bruxelas e Estrasburgo.
"Estamos a construir um resultado que domingo à noite sirva para reforçar a nossa capacidade de intervenção no Parlamento Europeu. Não temos nenhuma fasquia que nos limite. A nossa ambição é termos melhores condições para intervir em defesa dos trabalhadores e do povo e estamos confiantes que o povo há de reconhecer essa necessidade de reforço da CDU", frisou, recusando "fazer exercícios de bola de cristal".
A propósito de temas como pensões, emprego ou setor produtivo nacional, entre outros, o presidente do grupo parlamentar comunista analisou as últimas semanas das restantes forças políticas.
"Tenho visto a campanha dos outros partidos como uma tentativa de defender posições que são manifestamente contraditórias com a ação política e com as opções e a atuação de cada um dos partidos, particularmente PS, PSD e CDS, que têm procurado dar algumas cambalhotas para justificar o injustificável face à sua atuação concreta", acusou.
O cabeça de lista europeu da CDU, João Ferreira, focou a proposta socialista de um novo contrato social, considerada uma "formulação vaga e genérica" para apontar as contradições do PS nesta área.
"O que vemos é que no Parlamento Europeu e em Portugal também, o PS defendeu o aumento da idade da reforma, abriu caminho à criação de um mercado pan-europeu de fundos de pensões privados, o que, conjugado com o plafonamento que existe na Segurança Social que o PS não quis eliminar, representa um passo no sentido da privatização do sistema e tem propostas para generalizar a precariedade laboral, sobretudo entre os mais jovens", disse.
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