Na sua intervenção no tradicional almoço de campanha do PS, na Trindade, em Lisboa, Ferro Rodrigues referiu que as eleições europeias antecedem as legislativas "em poucos meses", estando em causa, na sua perspetiva, um travão ou um reforço da atual linha de governação.
"É fundamental que haja um grande resultado da esquerda em geral e do PS em particular", sustentou o antigo líder socialista.
No plano político, o presidente da Assembleia da República considerou prioritário "pôr cobro à ascensão da extrema-direita, dizendo que concordar nesta matéria "integralmente com o secretário-geral do PS, António Costa, quando ao nível europeu coloca a necessidade de uma barreira, abrangendo liberais e verdes".
Para a corrente interna no PS que defende a necessidade de os socialistas cortarem com os liberais também na Europa, Ferro Rodrigues deixou a seguinte mensagem: "Não é preciso fazer um desenho para explicar que o atual sistema de alianças a nível nacional não é reproduzível ao nível europeu".
"Tanto é que no acordo entre PS com o Bloco de Esquerda, PCP e PEV não constam as matérias europeias. Eles vão evoluindo alguns a pouco e pouco, mas há que distinguir essas duas lógicas de compromisso", declarou.
Mas Ferro Rodrigues deixou também um elogio "à campanha sem falhas" do cabeça de lista europeu do PS, Pedro Marques.
"Foi provocado de maneira violenta, acintosa por personagens que nem merecem ser nomeados. Tentaram levar o debate para o terreno pessoal, mas Pedro Marques não caiu nessa tentação - e fez muito bem", considerou.
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