Embora a campanha do ex-vice-Presidente de Barack Obama (2009-2017) ainda não tenha revelado os detalhes da visita, a imprensa noticiou que Biden vai participar em Miami, na segunda-feira à noite, num fórum público transmitido pela NBC, enquanto a sua mulher, Jill, participa numa campanha eleitoral em Boca Raton.

Esta é a segunda visita de Biden a este Estado tão disputado, depois da viagem a Tampa e Orlando em meados de setembro último para se encontrar com veteranos do Exército e porto-riquenhos, um importante grupo latino que pode compensar seu possível mau desempenho entre eleitores de origem cubana.

Entre os eleitores de origem cubana, venezuelana e nicaraguense, o discurso anticomunista do Presidente Donald Trump parece ganhar, avisando, continuamente, que caso Biden vença, os Estados Unidos poderão tornar-se “uma Venezuela”.

Embora ao nível nacional a maioria dos votos latinos apoie os democratas, em 2016 cerca de metade dos cubanos optou por Trump, uma tendência que pode ser ampliada a 03 de novembro próximo.

Uma pesquisa da Florida International University (FIU), publicada na passada sexta-feira, indicou que 59% dos cubano-americanos votará no atual Presidente.

No entanto, entre o eleitorado geral da Florida, a tendência é lisonjeira para Biden, que continua a manter uma ligeira vantagem nas intenções de voto.

Uma pesquisa do jornal The New York Times e do Siena College Research Institute, realizada entre 30 de setembro e 01 de outubro, logo após o primeiro debate eleitoral na televisão entre Trump e Biden – dá ao democrata uma vantagem de cinco pontos sobre o republicano.

Todavia a pesquisa foi encerrada horas antes de se saber que Trump tinha testado positivo para o novo coronavírus, o que impediu o Presidente de realizar o comício previsto para a passada sexta-feira em Orlando, no centro do Estado e onde reside uma grande comunidade de porto-riquenhos.

A doença de Trump, que foi hospitalizado para se acompanhar de perto o desenvolvimento dos sintomas, pode impedir que ocorra o segundo debate presidencial, inicialmente marcado para Miami, no próximo dia 15, apenas 14 dias depois de conhecido o resultado positivo do Presidente à covid-19.

Biden chega à Florida no dia em que o período de registo de eleitores termina, e a sua campanha está aumentar o ritmo para encorajar o maior número de eleitores a fazer o que é necessário para poder votar.

O senador democrata Corey Booker, por Nova Jérsia, participa hoje num jornada virtual em que voluntários contactam eleitores para lhes recordar que se inscrevam antes do prazo e os incentivar a votar antecipadamente.

Segundo dados oficiais, dos mais de 14 milhões de eleitores registados para votar na Floria, em 31 de agosto, 5.020.199 fizeram-no como republicanos e 5.203.795 se inscreveram como democratas, enquanto outras 3.653.046 se afirmaram independentes.