“Mesmo nestes tempos difíceis, estamos determinados a conseguir um cessar-fogo que traga os reféns para casa e a consegui-lo agora. E a única razão para isso não acontecer é o Hamas”, disse Blinken em Telavive, num encontro com o Presidente israelita Isaac Herzog.
Os mediadores – Egito, Qatar e Estados Unidos — aguardavam ainda hoje que o Hamas respondesse à última versão de uma proposta de trégua, que prevê a suspensão da ofensiva israelita na Faixa de Gaza e a libertação dos detidos palestinianos em troca da libertação dos reféns raptados pelo movimento palestiniano a 07 de outubro, no ataque no sul de Israel.
Na terça-feira, Blinken já tinha instado o Hamas a aceitar “sem mais demoras” esta proposta israelita “extraordinariamente generosa”.
O Hamas exige um cessar-fogo “permanente” antes de qualquer acordo sobre a libertação dos reféns, algo que Israel sempre recusou até agora, continuando a insistir na sua determinação de levar a cabo uma ofensiva terrestre em Rafah, uma cidade no sul da Faixa de Gaza considerada o último reduto local do Hamas e onde se encontram atualmente 1,5 milhões de palestinianos, a maioria dos quais deslocados pela guerra.
Durante a sua visita a Israel, Blinken deverá também pressionar o Governo israelita a permitir a entrada de mais ajuda na Faixa de Gaza, onde as Nações Unidas alertam para a fome iminente devido à escassez de alimentos.
Hoje, o secretário de Estado norte-americano deverá encontrar-se com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e visitar Ashdod, um porto israelita perto de Gaza que foi recentemente reaberto para permitir a entrega de ajuda.
“Temos também de nos preocupar com as pessoas que estão a sofrer, apanhadas no fogo cruzado”, disse Blinken a Herzog.
O ataque de Gaza contra Israel, a 07 de outubro, causou a morte de 1.170 pessoas, de acordo com um relatório da agência francesa AFP baseado em dados oficiais israelitas. A operação militar de retaliação de Israel na Faixa de Gaza causou 34.535 mortos, na sua maioria civis, segundo o Hamas.
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