Numa conversa “recente” por telefone com o primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdel Mahdi, “o secretário [de Estado Mike] Pompeo condenou a recente violência no Iraque e disse que aqueles que violaram os direitos humanos deverão ser responsabilizados”, pode ler-se num comunicado das autoridades norte-americanas.
Por outro lado, “exortou o Governo iraquiano a mostrar o máximo de contenção”, pode ler-se na mesma nota.
Na segunda-feira, o Presidente do Iraque, Barham Saleh, pediu o fim dos conflitos, depois de seis dias de manifestações e violência, que causaram cerca de 100 mortos e depois de o exército admitir o “uso excessivo” da força em Bagdade.
Desde o início, em 01 de outubro, do movimento de contestação em Bagdade e em cidades do sul, para exigir empregos, serviços públicos e o fim da corrupção, cerca de 100 pessoas morreram, na sua maioria manifestantes, existindo ainda registo de cerca de seis mil feridos.
Barham Saleh acusou os “inimigos do povo” de serem os responsáveis pelas mortes e apelou a todas as forças políticas iraquianas para que realizem um diálogo político “franco e completo, sem interferência estrangeira”, de modo a conseguirem satisfazer as exigências dos manifestantes, considerando que “não são impossíveis” de alcançar.
Após os violentos confrontos na noite de domingo na cidade de Sadr, a leste de Bagdade, em que 13 pessoas morreram, o comando militar admitiu o “uso excessivo da força” e anunciou que vai responsabilizar os oficiais que “cometeram erros”.
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