Pedro Sánchez deu a conhecer a lista de ministros à comunicação social através de uma declaração, sem perguntas, depois de a ter entregado em pessoa esta tarde ao rei, Felipe VI, no Palácio da Zarzuela.
Os membros do executivo vão prestar juramento e tomar posse na quinta-feira de manhã, numa cerimónia presidida por Felipe VI, e na sexta-feira irão reunir-se pela primeira vez em Conselho de Ministros.
A nova ministra da Economia será Nadia Calvino, até agora diretora-geral da Comissão Europeia e responsável pelo Orçamento comunitário, em Bruxelas.
A escolha desta funcionária europeia, que será a representante de Espanha no Eurogrupo (fórum dos ministros das Finanças europeus), é vista como um sinal inequívoco de Pedro Sánchez para demonstrar o seu empenho na continuação da redução do défice orçamental espanhol.
À frente do Ministério da Fazenda (Orçamento) estará María Jesús Montero, licenciada em medicina que saneou as contas públicas da Comunidade Autónoma da Andaluzia, onde era até agora conselheira (ministra regional).
Este é mais um nome que envia uma mensagem a Bruxelas e aos mercados no sentido de que Madrid pretende cumprir o rigor económico e a ortodoxia da União Europeia.
O novo ministro dos Negócios Estrangeiros vai ser Josep Borrell, um socialista veterano que foi ministro do histórico Felipe Gonzalez e presidente do Parlamento Europeu.
Borrell tem dado nas vistas nos últimos meses como um dos mais destacados defensores da Constituição e da unidade de Espanha na sua Comunidade Autónoma, a Catalunha.
Pedro Sánchez escolheu para “número dois” (vice-presidente) do seu executivo Carmen Calvo, que irá acumular com o novo Ministério da Igualdade.
Um dos nomes mais surpreendentes anunciados para fazer parte do novo executivo foi o de Pedro Duque, um astronauta que viajou duas ao espaço (1998 e 2003) e que será o novo ministro da Ciência, Inovação e Universidades.
Pedro Sánchez prestou juramento no sábado passado perante o rei, Felipe VI, tornando-se o sétimo chefe do executivo da democracia espanhola, depois do sucesso de uma moção de censura.
O Congresso dos Deputados (parlamento) aprovou na passada sexta-feira, por 180 votos a favor, 169 contra e uma abstenção, a moção de censura que afastou Mariano Rajoy, do Partido Popular (direita), e que, ao mesmo tempo, investiu o novo primeiro-ministro.
A tarefa do novo Governo não será fácil, visto ser sustentado explicitamente apenas pelo PSOE (Partido Socialista espanhol), apesar de ter tido na aprovação da moção de censura o apoio do Unidos Podemos (extrema-esquerda) e toda uma série de pequenos partidos regionais, entre eles os nacionalistas bascos e os independentistas catalães.
A atual legislatura iniciou-se com as eleições de 26 de junho de 2016 e terminará quatro anos depois, em 2020.
O novo elenco governativo espanhol é o seguinte:
- Presidente (primeiro-ministro): Pedro Sánchez;
- Vice-presidente, Ministério da Igualdade: Carmen Calvo;
- Ministro dos Assuntos Exteriores(Negócios Estrangeiros), da União Europeia e da Cooperação: Josep Borrell;
- Ministra da Justiça: Dolores Delgado;
- Ministra da Defesa: Margarita Robles;
- Ministra da Fazenda (Orçamento): María Jesús Montero;
- Ministra das Administrações Públicas: Meritxell Batet;
- Ministro do Interior (Administração Interna): Fernando Grande-Marlaska;
- Ministro do Fomento (Obras Públicas, Transportes e Comunicações): José Luis Ábalos;
- Ministra da Educação e Porta-voz: Isabel Celaá;
- Ministra do Trabalho: Magdalena Valerio;
- Ministra da Energia e do Meio Ambiente: Teresa Ribera;
- Ministro da Agricultura: Luis Planas;
- Ministra da Economia: Nadia Calviño;
- Ministro da Indústria: Reyes Maroto;
- Ministra da Saúde, Consumo e Bem-Estar Social: Carmen Montón;
- Ministro da Ciência, Inovação e Universidades: Pedro Duque;
- Ministro da Cultura e do Desporto: Màxim Huerta.
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